28.10.13

O que é a Mecânica?

 A Mecânica é a parte da Física que estuda os movimentos dos corpos bem como as suas causas e consequências. A Mecânica encontra-se subdividida em Cinemática, Dinâmica, Estática, Hidrostática, Hidrodinâmica e Gravitação.


  • Cinemática

 A Cinemática estuda os movimentos dos corpos, descrevendo as suas características, em cada instante, através das grandezas espaço, velocidade e aceleração. A Cinemática não se preocupa com as causas dos movimentos dos corpos;

 O principal agente de movimento dos corpos são as forças. As forças, por serem de natureza vetorial, necessitam de uma intensidade, uma direção e um sentido (sendo, por vezes, também necessário indicar um ponto de aplicação) para ficarem perfeitamente definidas;

  • Dinâmica

 A Dinâmica estuda os movimentos dos corpos, determinando as suas causas e relacionando-as com os seus efeitos. O estudo dos movimentos dos corpos baseia-se em princípios (leis físicas de caráter geral, confirmadas pela experiência, embora não sejam demonstráveis matematicamente). É na dinâmica que se encaixam as Leis de Newton;

  • Estática

 A Estática é a parte da Mecânica que estuda o equilíbrio estático dos corpos.


  • Hidrostática

 A Fluidostática é a parte da Mecânica que estuda o comportamento de um líquido ideal ou gás ideal em equilíbrio, bem como o comportamento dos corpos que estejam em contato com ele. A Hidrostática é um caso particular da Fluidostática e estuda o comportamento de uma porção de líquido ideal em equilíbrio e dos corpos nele imersos.

  • Hidrodinâmica

 A Hidrodinâmica é uma parte da Mecânica que estuda o movimento dos fluidos ideais.

 Uma vez que os fluidos não apresentam resistência quando submetidos a forças de cisalhamento, a acção de forças externas (sejam forças de contacto ou forças gravitacionais) induz movimento sobre fluidos ou parte de fluidos não contidos em recipientes (como a superfície dos oceanos e rios).

  • Gravitação

 Evolução histórica das teorias sobre os movimentos dos corpos do Sistema Solar

 Se há aspecto fascinante da história da ciência esse tem a ver com a evolução dos nossos conhecimentos sobre os movimentos dos planetas.

 Já os antigos povos da Babilónia e do Egipto se interessavam sobre os movimentos dos astros, pois do conhecimento resultante da sua observação podiam retirar ensinamentos que lhes permitiam explicar as posições dos planetas, do Sol e das estrelas em geral.

 Os gregos foram um bocado mais longe, pois para além da observação desenvolveram teorias para explicar os referidos movimentos. Foi Ptolomeu de Alexandria (séc. II d. C.) quem deu nome a uma teoria que havia de ser aceite durante toda a Idade Média - a teoria geocêntrica. A teoria geocêntrica considerava a Terra como o centro do Universo, movendo-se o Sol e os planetas em torno dela, com movimento circular uniforme.

 No século XV, Nicolau Copérnico, apresentou cálculos matemáticos para defender uma outra teoria que considerava o Sol como centro do sistema planetário - teoria heliocêntrica. De acordo com Copérnico todos os planetas incluindo a Terra se moviam em torno do Sol com movimento circular uniforme. Esta teoria gerou grande controvérsia já que trouxe implicações filosóficas, culturais, mas sobretudo religiosas, marcando um capitulo negro na história da religião.

 A teoria de Copérnico foi tão arrojada que passado um século um notável astrónomo dinamarquês, Tycho Brahe ainda se preocupava em aperfeiçoar a teoria de Ptolomeu, tendo inclusive apresentado um modelo híbrido, entre o de Copérnico e o de Ptolomeu. Tycho Brahe não chegou a apresentar uma teoria definitiva, pois viria a falecer muito cedo, no entanto os seus trabalhos foram de importância fulcral, visto que, durante cerca de vinte anos fez observações muito rigorosas das posições ocupadas pelos planetas e pelas estrelas. Foi o astrónomo alemão Kepler (séc. XVI e XVII) que lhe sucedeu historicamente e que viria a aproveitar os seus trabalhos para, partindo da teoria heliocêntrica, ter concluído que as órbitas dos planetas são elípticas. Képler formulou três leis empíricas, que ficaram conhecidas pelo seu nome, e que explicam a regularidade de comportamento dos astros.

 Posteriormente, o físico inglês Isaac Newton (séc. XVII), estabeleceu as leis da dinâmica e a lei da gravitação universal, conseguindo explicar cientificamente as leis de Kepler.


*fonte do conteúdo: Ciência Divertida







.

Nenhum comentário:

Postar um comentário